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domingo, 17 de abril de 2011

*PASTORAL - FRENTE A FRENTE COM A REALIDADE DO PECADO (PR. SANDRO REIS)

Frente a Frente com a Realidade do Pecado 

           John MacArthur, um dos meus escritores favoritos, escreveu em seu livro "O Evangelho Segundo Jesus", que a igreja contemporânea tem a ideia de que a salvação é apenas a concessão de vida eterna, e não necessariamente a libertação do pecador da escravidão da sua iniquidade pessoal. Dizemos para as pessoas que Deus as ama e tem um plano maravilhoso para suas vidas, mas isto é apenas meia verdade. Deus também odeia o pecado, e irá punir com eterno tormento os pecadores que não se arrependerem. Nenhuma apresentação do evangelho está completa se evita ou esconde estes fatos. Qualquer mensagem que deixe de definir ou confrontar a severidade do pecado pessoal é um evangelho deficiente. E qualquer "salvação" que não cause mudança numa vida de pecado, e não transforme o coração do pecador, não é salvação genuína.
          O pecado não é um problema secundário, no que diz respeito à salvação; o pecado é o problema. De fato, o elemento característico da mensagem cristã é o poder de Jesus Cristo para perdoar e vencer o nosso pecado. De todas as realidades do evangelho, nenhuma delas é mais maravilhosas do que a notícia de que a força escravizadora do pecado foi quebrada. Esta verdade é o centro e a própria vida da mensagem cristã.
          É impossível supor que alguém possa encontrar o Deus Santo das Escrituras, e ser salvo, sem que também venha a reconhecer a hediondez do seu próprio pecado, e, consequentemente desejar abandoná-lo. Na bíblia, aqueles que se encontraram com Deus foram confrontados com profundo senso de sua própria pecaminosidade. Pedro, ao ver quem era Jesus, exclamou: "Senhor, retira-te de mim, porque sou pecador". (Lucas 5:8). Em 1Timóteo 1: 15, Paulo afirmou: "Fiel é a palavra e digna de toda aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal'. No Antigo Testamento, , que o próprio Deus reconheceu como justo (Jó 1. 1,8), afirmou, após ter uma grande experiência com Deus: "Por isso me abomino, e me arrependo no pó e na cinza". (Jó 42.6). Isaías, ao ver o Senhor, gritou: "Ai de mim! estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o rei, o Senhor dos Exércitos" (Isaías 6.5)
          Há muitos outros exemplos na bíblia, de homens e mulheres que, tendo contemplado a Deus, temeram por suas vidas - sempre porque se sentiram esmagados sob o peso do seu pecado.
          Mas o que acontece quando entendemos o propósito de Deus através de Jesus é justamente o sentimento de libertação deste peso que o pecado recalca sobre nós. Jesus disse: "não vim chamar justos, e, sim, pecadores". (Mat. 9:13)
          Esta é uma das grandes revelações do evangelho - Quem Jesus veio salvar? Jesus veio salvar aqueles que têm consciência de que são pecadores - aqueles que reconhecem ter uma doença fatal, os que não têm esperança, os sofredores, os famintos, os sedentos, os fracos, os cansados, os quebrantados, aqueles cujas vidas estão despedaçadas, os desesperados, em fim, pecadores que sabem que nada merecem, mas que, desejam profundamente ser perdoados. Jesus veio chamar aqueles que não se acham justos. Veio para aqueles que reconhecem quem verdadeiramente são. Um encontro com Jesus faz cair as nossas máscaras. Se não retirarmos nossas máscaras, verdadeiramente, não encontramos com Jesus e consequentemente, não recebemos perdão pelos nossos erros e muito menos a salvação da condenação eterna.
          A verdade é que, a não ser que as pessoas percebam que têm um problema chamado pecado, jamais irão a Jesus em busca do perdão e da salvação. As pessoas não buscam cura a não ser que se sintam doentes; não procuram vida, a não ser que tenham consciência de estarem sob o castigo da morte; não buscam a salvação a não ser que se sintam cansadas da escravidão do pecado.
          A mensagem de Jesus desmascara nossa autojustiça e faz-nos ver os nossos corações iníquos, de maneira que possamos ver a nós mesmos como pecadores.

           Que Deus te abençoe.
           Com amor e carinho,
           Pr. Sandro Reis.

(O Pr. Sandro Reis segue seu ministério na Igreja Batista do Flamboyant, em Campos dos Goytacazes/RJ)

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